Polícia

Caso Djidja: mãe, irmão de ex-sinhazinha e mais cinco são condenados a mais de 10 anos

Sete pessoas, incluindo Cleusimar de Jesus Cardoso e Ademar Farias Cardoso Neto, mãe e irmão da ex-sinhazinha Dilemar Cardoso Carlos da Silva, conhecida como Djidja Cardoso, foram condenadas a 10 anos, 11 meses e 8 dias de prisão por tráfico e associação ao tráfico de cetamina. A sentença foi proferida pelo juiz Celso Souza de Paula, da 3.ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas da Comarca de Manaus, no último dia 13 de dezembro e publicada nesta terça-feira (17/12).

A decisão judicial é resultado da “Operação Mandrágora”, que investigou a captação, distribuição e aplicação indiscriminada da substância alucinógena de uso veterinário. Além de Cleusimar e Ademar, também foram condenados Veronica da Costa Seixas, Hatus Moraes Silveira, José Máximo Silva de Oliveira, Savio Soares Pereira e Bruno Roberto da Silva Lima.

Prisões e direito de recorrer

Dos condenados, Cleusimar, Ademar, José Máximo, Sávio e Hatus estão presos e terão de cumprir pena em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade. Já Verônica e Bruno, que respondiam ao processo em liberdade, poderão apelar da sentença fora da prisão.

As penas também incluem o pagamento de 1.493 dias-multa, conforme os artigos 33 (tráfico de drogas) e 35 (associação para o tráfico de drogas) da Lei 11.343/06.

Investigação e julgamento

De acordo com a investigação, os acusados comercializavam a cetamina como entorpecente, afetando o sistema nervoso central de usuários. Durante o julgamento, o juiz destacou que as provas testemunhais e documentais eram claras e conclusivas, confirmando a prática de tráfico de drogas. “As circunstâncias do flagrante e as informações das testemunhas indicam claramente a destinação comercial da substância, descartando a hipótese de consumo pessoal”, afirmou o magistrado.

Absolvições e desdobramentos

Três outros réus — Emicley Araújo Freitas Júnior, Claudiele Santos da Silva e Marlisson Vasconcelos Dantas — foram absolvidos por falta de provas suficientes.

O magistrado também determinou o desmembramento do processo para aprofundar as investigações sobre crimes de estupro e aborto mencionados durante as apurações.

A condenação trouxe desdobramentos importantes na “Operação Mandrágora”, que ganhou notoriedade após a morte de Djidja Cardoso em maio deste ano, evidenciando o envolvimento de familiares e outros acusados no esquema criminoso.

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